terça-feira, 22 de setembro de 2015

nunca

como sair depois
dos abraços escapar
arapuca
como pisar nessa rua depois
os fios dançam com o vento
e pensar estar ainda aqui
e sobrar essa ânsia
próxima música
o que vai tocar
mensagens em caixas
como pode
em par soltarem os dedos
em passos
de dança que conduzo
é tão, como olhar depois
o que vai sobrar
o que vai faltar depois que for
é pensar nessa busca
próximo encontro
soltar os cabelos pretos
desfazer qualquer nó e dançar
apenas penso
é como pisar na grama
saber o próximo passo
e o presente não se distingue
nunca
dentro de um lapso de ritmo
o pé faz volta
entrar no encontro
o que vai lembrar depois
sair desses braços
arrasto
como o dançar do pé
piso pra fora dessa porta
caminhar ausente depois
pisar nessas teclas
tentar entre os meios
caixas de textos
o que vai chegar
o que vai tocar enfim
é parar nessa sombra
próximo encontro
prender os cabelos
nuca
onda raspa vento leve
sair desses passos
no momento do lapso
onde engolimos nós
pensar o próximo ponto
como arrasta a roda
asfalto
no caminhar do balé
onda rasa lento tempo
percorrer o mesmo caminho
caminhar ausente
correr até o fim do fim
como como nutro
parar nessa sombra depois
correr é o ponto
que perde de enteder
o mesmo vento
sopra moça
nua
correr desesperadamente
amar descontroladamente
correr ao encontro
como se parar nesse longe
percebesse então a língua
pudesse estar a sós
porque não é
ser como antes

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