sexta-feira, 14 de novembro de 2008

hoje

hoje
tomei o café e o leite
procurei
acordei assustado, do chão
minha cabeça parecia explodir
em pensamentos superficiais
leve torpor
isopor
café e cartas

hoje
escrevi um poema
dormi sem camisa
quase chorei

hoje
não cantei
não por não saber a letra
eu sabia
mas é que tinha alguém
me olhando

eu não suporto quando
as pessoas me censuram

hoje
leve angústia
princípio do sono
vi um filme
quase todo





hoje
quero ficar sozinho
só para saborear
o seco e frio
quero lembrar do que pensar
as palavras e a angústia
a melodia
hoje sem ilusão
mais um dia leve
quase torpor
profano

princípio da consciência

hoje
dormi de óculos
para ver as estrelas
pregadas no teto

hoje dormi
de cabelos molhados
lábios entreabertos
pensamento longe
lá na esquina

amanhã será hoje depois
não um novo dia
não um novo hoje
é o mesmo
distante instante





hoje
um dia de obras póstumas
pensamentos à toa agora
impressões mal passadas
mal engolidas digeridas como sapo
hoje dia de chorar e rir
dualidades e contrastes
desaprender desprender

11 comentários:

  1. hoje
    eu acho que
    acabei de ler
    um poema
    lindo

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  2. Acontece que hoje, dia de obras póstumas, pensamentos em explosão, é um novo dia, o mesmo, distante e insistente

    Já soube que haverá um novo encontro entre nós, quase jornalistas e vocês, poetas em ascensão?rs...

    Beijo

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  3. hoje é o dia depois de ontem

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  4. esse é um poema que eu transformei num origami. saio por aí vendendo. tem muito significado pra mim.

    gracias, gente!
    fiquei muito feliz com esses comentários!

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  5. cara...
    a cada dia que passa minha admiração por você aumenta....
    hoje, hoje sim é o dia de viver como nunca se viveu antes

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  6. hoje chorei tbm!


    sabia que conhecia esse poema de algum lugar!

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lave











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