onde estou os meus pedaços
vai leva volta
traz de novo ar úmido
mormaço
ah, que nesse calor
já perdi pele nesse asfalto
que esse sol
minhas córneas não tocarão mais
perde um pouco de mim
como um punhado de areia
jogado ao vento
onde sou dos muitos beliscões
que cada vez é a mesma
e nenhuma ilusão é maior
maior é o conforto
vai volta traz
ah, que nesse mormaço já me lembro
lembra perde joga fora
a cola dos cacos derrete
escorre por entre as minhas mãos
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atendendo a pedido especial.
ResponderExcluirmuito bom esse, heim?
ResponderExcluiracho que lembro de ter lido ele uma vez. vc tá re-publicando?
Gostei muito desse. E amei os dois ultimos versos.
ResponderExcluirAbraço!
que calor.
ResponderExcluirnão, mas esse poema foi publicado fisicamente num dos fanzines-origamis/ou/poema-objeto-papel de poesia que eu fazia.
ResponderExcluirque cadência.
ResponderExcluiramei!