sábado, 8 de agosto de 2015

e jogar fora epitélio abrigo
desossar até a carne fora
até o tutano esmagado
ouço o baque bate pra que?
na esquina escura
e jogar da janela inseto verde
desprezar até essa casca velha
sobre a planta estufa
ouço o surdo som a epiderme
raspa na casca esfregado
som de peso até a unha afunda
pra que?
pra ver me pergunto eu
no medo de dentro
traz de dentro
onde o jorro perdura
carne dura
e rasgar até a víscera
a mísera
palavra vem me levar
e arranhar com lixa
estourar até berrar até onde
onde será que me olvidam?
quebrar com martelo o esterno
segurar adentro batendo afogado
e pousar da janela
e rasgar até a alma
se dentro achar o peito falido
o balão à deriva
ainda traz na mucosa mensagem

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