a planta reguei tarde demais e você já me perdeu
passei ao seu lado
via o rosto longe
contava as luzes
frigia
ali naquele espaço repleto de palavras e plantas mortas
fiquei ao passar
via tantas faces
convidava as chamas
urgia
foi que peguei esse fio pelo rabo
de palavras e palavras e palavras
que desciam sem dar cabo
misturadas nas fezes
dessas vidas
tão longe
fugia
foi o que eu pensei
ainda fico aqui a amenizar
pouca água no solo seco sem
vida senti que era fim
foi o que eu aqui
via tantas luzes
ardia o foco
do passar
alucinei
de palavra em palavra
pelo fio enrolado nem tecido
que sem dar cabo
misturadas nas vezes
fezes e o que sobra do lixo na rua
onde pisar escorrega e fede
pouca água no beco na esquina
foi o que pensei misturado nesse recado
ainda fico aqui sem pensar
da palavra a palavra até a planta
sábado, 13 de setembro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
livro
- paranóia (11)
- coisa (8)
- (uma outra loucura) (7)
- isopor (5)
- [sangue (3)
- espuma. (3)
- poesia gritada (2)
- sociedade mutuante (2)
- vermes poéticos (2)
- anestesia (1)
- fissura (1)
- lucidez (1)
- marcos contra o gilete (1)
- obsessão (1)
- sarau urbano (1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
lave