o cheiro de sexo,
a carne molhada dentro,
o toque,
o traço-toque num gesto sem palavras,
tanto-tempo desejo, se vai, vai mesmo com preguiça,
a urgência não é o enjôo o sono o soluço, hesita
desejo dança persegue não escuta te-quero-mais
com carícia, o cheiro do sono, a carne morna, sem nada
sou nada, escuta mas se desaperta
com seu olhar
no passo, sem foco
escrito na carne viva no corte
o cheiro do sexo,
num sono molhado,
te desejo meu desejo num traço num toque num desenho
tanto-traço prevejo, se liga, mesmo que não queira assim
o que quer não existe, não hesita, o cheiro do toque
num raro momento
seu desenho seu desejo
o pé seu passo percorre corre te vivo no corte
o cheiro do suporte
te passo, no corpo não erra minha mão
escrevo a urgência de palavras coloridas
nesses dias quase sempre tristes
no escritório, na carne fria, no corte
o cheiro da fome,
o sono do sono,
a carne moída dentro,
já num traço-corte sem arranho,
tanto-tempo perdido, que não se acha mais
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"o cheiro da fome, o sono do sono".
ResponderExcluirQue coisa mais animal. amei!